O Longo Caminho até o 11 de Setembro

O Longo Caminho até o 11 de Setembro
A verdadeira história do 11 de setembro

segunda-feira, 20 de maio de 2013

John Patrick O´Neill - O Melhor do Contraterrorismo



John Patrick O´Neill nasceu no ano de 1952, mas foi com idade adulta que ele teve o desejo de tornar-se um agente especial do FBI. Quando jovem, seu programa favorito de televisão era “FBI, o drama do crime”, série baseada em casos verídicos que o Departamento havia investigado. Em 1971, O´Neill entrou para uma universidade em Washington, Capital. Uma vez lá, Começou a trabalhar nas matrizes do FBI. Primeiramente como coletor de impressões digitais e, mais tarde, como guia de excursão. Em 1974, colou grau em administração de justiça e, pouco depois, obteve o Mestrado em Ciência Forense, na Universidade de George Washington. E foi no ano de 1976 que O´Neill tornou-se um agente do FBI. Nos quinze anos seguintes, trabalhou em casos como: crimes do colarinho branco, crime organizado e contra-informações estrangeiras. No ano de 1991, recebeu uma promoção importante e foi para o escritório de campo do FBI, em Chicago, como agente especial. Lá, John estabeleceu uma força tarefa num esforço para promover a cooperação e reatar laços entre o FBI e a Justiça local. Ainda, supervisionou a investigação da força tarefa no caso de uma clínica clandestina de aborto. Retornando a Washington, recebeu o cargo de chefe da seção de contraterrorismo, em 1995. Em seu primeiro dia, recebeu um chamado de Richard Clarke, que havia obtido informações de que Ramzi Yousef estava no Paquistão. Ele havia fugido para lá após o fracasso da fase um do complô por nome Bojinka. John P. O’Neill e sua equipe haviam tomado conhecimento deste complô, baseado em Manila, para atacar 11 jatos comerciais de empresas dos Estados Unidos, servindo rotas da Ásia-Pacífico. Souberam que, em dezembro do ano anterior, os conspiradores haviam se envolvido em um teste realizado num avião de passageiros das Filipinas, empregando apenas 10 por cento dos explosivos que deveriam ser usados em cada uma das bombas a serem plantadas nas aeronaves dos EUA. O teste resultou na morte de um cidadão japonês, a bordo de um vôo que ia das Filipinas para o Japão. Porém, o mais importante era a existência do computador pessoal de Yousef e que estava nas mãos dos peritos do FBI. O próprio O’Neill havia visto o laptop, mas não chegou a ver os arquivos que continham a fase II do Bojinka. Todavia, algum tempo depois, o computador, bem como seus arquivos, saíram do alcance dos investigadores, incluindo o próprio O’Neill. O destino do computador é motivo de muitas especulações. Entre elas, a mais aceita é a de que tenha seguido para a sede da CIA.
Paralelamente às investigações sobre Ramzi Yousef, O´Neill estava monitorando o saudita bin Laden, mesmo porque este último continuava com suas ações contra as forças americanas. No mês de novembro de 1995, fundamentalistas islâmicos, seguindo ordens da Al Qaeda, lançaram um ataque contra soldados americanos nas instalações de treinamento do Exército dos Estados Unidos em Riad.
No ano seguinte, após a transferência de Laden e de sua Al Qaeda para o Sudão, houve um encontro entre os príncipes que estavam preocupados com as ações dos homens de Osama, na Arábia e líderes empresariais sauditas, em Paris. Eles prometeram fornecer recursos à organização terrorista de Laden. O serviço secreto saudita, o Istakhabarat, já tinha decidido, no final de 1995, começar a financiar o Taleban, na época baseado principalmente em escolas religiosas do Paquistão, as madrassas. O Acordo viria alguns anos mais tarde.

Foi por ocasião da prisão de Ramzi Yousef, em 1996, que Laden recebeu orientações secretas para organizar e levar a termo um ataque contra uma base militar americana em Dharan, na Arábia Saudita, que ficou conhecido como o ataque as torres Khobar.
Para O’Neill que mantinha-se sempre atento, as evidências desta conspiração não tardaram a aparecer. Após este atentado, que matou 19 americanos e feriu centenas, os Estados Unidos construíram novas bases militares em território saudita, contratando para a obra a SBG, holding mais importante do país pertencente à família dos bin Laden.
Neste mesmo ano, Laden emitiu uma “fatwa”, um decreto religioso, convocando todos os muçulmanos a matar os soldados norte americanos na Arábia e na Somália.
Finalmente, após intenso trabalho das equipes de contra-terrorismo, o FBI reuniu indícios que comprovavam a participação de bin Laden, de sua organização  a Al Qaeda e do Hezbollah, no atentado terrorista de 25 de junho de 1996, aos quartéis americanos nas Torres Khobar, nos quais morreram 19 aviadores americanos. Durante as investigações, um notbook foi confiscado de suspeitos presos e, em seus arquivos, constavam os nomes de Laden e de Ali. Osama foi indiciado sob acusação de treinar pessoas envolvidas no ataque aos soldados americanos na Somália. Um ano depois, em entrevista a CNN, ele admitiu que seus seguidores, juntamente com muçulmanos que viviam na cidade de Mogadíscio, mataram os soldados. Bin Laden também foi acusado de estar envolvido em ataques fracassados a dois hotéis iemenitas que hospedavam soldados americanos. Em março de 1996, o Sudão ofereceu a extradição de Osama bin Laden, para os Estados Unidos e para a Arábia Saudita. Muito embora O’Neill estivesse procurando por Laden, os americanos incrivelmente, recusaram a oferta. A Arábia, a mesma coisa. Sem alternativa, o governo sudanês decidiu expulsar Laden do país. É de grande relevância, a propósito, comentar que dois anos depois, por ordem do presidente Bill Clinton, os EUA bombardearam uma fábrica de remédios do Sudão, numa desastrosa ação, cujo objetivo era punir os Colaboradores de Osama. Os punidos foram, sem dúvidas, muitos dos doentes, vítimas da falta de remédios que a fábrica destruída, deixou de produzir. Este fato, posteriormente, foi divulgado em reportagem de 3 de outubro de 2001 no “Washington Post”.


Do Livro: O Longo Caminho até o 11 de Setembro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário