O Longo Caminho até o 11 de Setembro

O Longo Caminho até o 11 de Setembro
A verdadeira história do 11 de setembro

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

As informações do FBI. “Algo espetacular vai acontecer aqui, e será em breve.”


    Richard A Clarke

               
          Pouco antes do 11 de setembro, em junho, com as prisões feitas com relação à conspiração do milênio, existia o testemunho dos seus participantes, que davam conta de Abu Zabeida ter dito que existia o interesse em atacar os EUA. Em 26 de junho, o próprio Osama bin Laden também declarou que lançaria um grande ataque contra os EUA e como resultado novamente no exterior, o Departamento de Estado divulgou um alerta mundial. 

          A Agência Federal de Administração de Aviação (FAA), também estava preocupada com as ameaças a cidadãos dos EUA, tais como seqüestro de aviões e, em seguida, emitiu uma circular – neste caso, uma circular vai para o público através das agências de execução de leis – tratando sobre preocupação. Isto aconteceu em 22 de junho. 

          Naquele mesmo dia, a Índia havia concordado em dar suporte a um plano de ação militar no Afeganistão. Tratava-se de um plano em conjunto, que havia sido concluído entre a Rússia e os EUA, que incluía ainda, a participação do Uzbequistão e do Tadjiquistão. A Índia e o Irã dariam apoio logístico. Milhares de tropas russas estavam se alinhando no Tadjiquistão com tropas americanas no Quirguistão. Sessões de treinamento, por outro lado, eram conduzidas em Londres de modo a adestrar integrantes da Aliança do Norte. Além disso, grandes exercícios militares, planejados com folgada antecedência, uniam forças americanas e da OTAN no Oriente Médio. Eram as operação Bright Star (EUA) e Swift Sword (Grã-Bretanha). 

          No final de junho, houve uma situação de ameaça e uma reunião de Grupo de Segurança Antiterrorismo – que é um grupo de interagências sob a coordenação de um assistente especial do Comitê de Segurança Nacional (NSC), Dick Clarke. Por intermédio de Dick, a Conselheira de Segurança Nacional, Dra. Condoleezza Rice, foi informada sobre as ações que estavam sendo tomadas pelo grupo. 

          Em 2 de julho, como resultado de parte destas ações, o FBI divulgou uma mensagem afirmando que existiam ameaças com as quais os Estados Unidos deveriam se preocupar no exterior. 

          Ainda em 2 de julho, a FAA emitiu outra circular, informando que Ressam – mais uma vez associado à conspiração do milênio – havia dito que existia a intenção de usar explosivos em um terminal de aeroporto. Em 5 de julho, a informação desta ameaça ficou bastante forte e, ao ser informado, durante sua reunião matinal, o presidente Bush solicitou que a Dra. Rice verificasse o que estava sendo feito à respeito. Juntamente com Andy Clark, a Conselheira Condoleezza encontrou-se com Dick Clarke, que os informou de que já tinha tido uma reunião com o Grupo de Segurança, que participaria de outra reunião, naquela tarde, sobre ameaças e que traria as agências domésticas para participar do Grupo de Segurança Antiterrorismo (CSG). Naquela tarde, Richard A Clarke disse, durante a reunião: “Algo espetacular vai acontecer aqui, e será em breve”. Todos tiveram suas férias suspensas e ficaram em estado de alerta máximo. A segurança nas embaixadas, bases e instalações americanas no exterior foram reforçadas, mas nenhuma medida enérgica foi tomada no país. 

          Em 6 de julho, os participantes do CSG, encontraram-se novamente porque existiam fortes preocupações de ataques potenciais contra Paris, Turquia e Roma, a ponto de chegarem a suspender as viagens não essenciais da equipe antiterrorismo dos EUA. O próprio Dick Clarke não utilizou nenhum jato da aviação civil por aqueles dias. Planos de contingência foram elaborados para lidar com ataques múltiplos e simultâneos, em todo o mundo. 

          Entre os dias 4 e 14 de julho, Osama bin Laden esteve no American Hospital, em Dubai, para uma cirurgia de próstata com o urologista Dr. Terry Calloway, onde foi visitado pelo agente da CIA, Larry Mitchell. Nesta visita, Laden recebeu a informação acerca da data em que deveria executar os ataques. Esta informação constou em uma notícia do Guardian Unlimited Special Reports, em 01 de novembro de 2001. 

          Na metade do mês, Francesc Vendrell e Tom Simmons (antigo embaixador do Paquistão), encontraram-se com representantes do governo Taleban em nome da administração Bush, em Berlim. Foi proposto um acordo para uma coalizão com o Taleban, para a construção de um óleoduto. Mal as negociações começavam a avançar, Tom Simmons ameaçou o Taleban com o uso das forças armadas, como alternativa, caso o acordo não fosse firmado. Os representantes talebans se enfureceram e se retiraram das reuniões. 

          Em 18 de julho, a FAA emitiu outra circular afirmando que existiam ameaças terroristas contínuas no exterior, e que, embora não existissem ameaças diretas a aviação civil, solicitava as companhias aéreas que “tomassem medidas urgentes de proteção”. 

          Também em 18 de julho, o FBI emitiu outra informação sobre a condenação da conspiração do milênio, reiterando a mensagem de 2 de julho, afirmando que estava preocupado que as ameaças fossem um resultado da sua condenação. 

          À medida que o mês de julho ia avançando, mais e mais membros do alto escalão do governo, mantiveram-se afastados dos vôos comerciais, entre eles o Secretário de Justiça John Ashcroft. De acordo com notícia veiculada no CBS News, de 26 de julho de 2001, John Ashcroft evitou voar em aviões civis pelo resto de seu mandato, devido ao “aviso de perigo” emitido pelo FBI. 

          No final de julho, a FAA emitiu outra circular, que dizia não existir nenhum alvo específico, nenhuma informação confiável de ataques contra a aviação civil dos EUA, mas que era sabido que grupos terroristas estavam planejando ou treinando seqüestros aéreos, e solicitava urgência na adoção de medidas de proteção. 

          De julho a agosto, diversas vezes por semana, o CSG reuniu-se para revisar as informações que possuía. Embora várias informações fossem do conhecimento deste grupo e por não terem considerado nenhuma delas específica, durante este período, até o início de setembro, apenas mantiveram as agências em estado de alerta. Entretanto, ainda assim, vários dos alunos das escolas de aviação, embora com seus nomes constando na lista dos mais procurados pelo FBI, compraram pela Internet passagens aéreas sem que as agências fossem checá-los. O estado de alerta foi propositadamente direcionado para o exterior. 

          Vários alertas, vindos do exterior, foram recebidos pelas agências americanas, durante aqueles meses, informando sobre grupos terroristas, em solo americano, se preparando para desferir um ataque de grandes proporções, de forma iminente. Entre eles, o do presidente russo, Vladmir Putin; do rei da Jordânia; do presidente do Egito, Hosni Mubarak, das agências de inteligência da França, da Alemanha e da Malásia.

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