O Longo Caminho até o 11 de Setembro

O Longo Caminho até o 11 de Setembro
A verdadeira história do 11 de setembro

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Obama, a quem a Al-Qaeda pertence?

A Comissão do 11 de Setembro, segundo as palavras de Snowden,
"Eles descobriram que tínhamos todas as informações que precisávamos como uma comunidade de inteligência ... para detectar e impedir os ataques de 11 de setembro."




          A Comissão que investigou os atentados de 11 de setembro, descobriu que as agências de inteligência possuíam informações necessárias para detectar e neutralizar a preparação e os ataques terroristas de 11 de setembro. Possuíam os registros das ligações telefônicas dos Estados Unidos para o exterior. A CIA sabia quem eram os membros da célula terrorista em solo americano. Snowden considera que o problema não estava nas informações que possuíam. Mas, que não compreenderam o que as mesmas significavam. Atualmente, a comunidade internacional tem consciência de que os ataques de 11 de setembro são exaustivamente utilizados pelo governo federal como justificativa principal para vigiar bilhões de pessoas em todo o mundo.

          Outro ex-executivo sênior da NSA, Thomas Drake, revelou, em 2005, os programas de vigilâncias inconstitucionais de americanos e, ainda, que a NSA possuía a inteligência crítica sobre a Al-Qaeda e sobre as movimentações dos seus membros. Todavia, a NSA não compartilhou estas análises com as outras agências. Embora possuíssem informações precisas sobre os iminentes ataques, nada fizeram. Após os mesmos, tanto a NSA, quantos a CIA e o FBI se aproveitaram da situação para aumentarem suas verbas para a vigilância em massa à nível global. Curiosamente, em 2013, o presidente Barack Obama revogou uma lei federal que impedia os EUA de armarem os terroristas, com a finalidade de fornecer apoio militar aos grupos que agem na Síria, sendo estes pertencentes à Jabhat Al-Qaeda e à Al-Nusra, como fizera anteriormente na derrubada do Regime da Líbia. E é por estas e outras que a comunidade internacional já começa a perguntar: "Obama, a quem a Al-Qaeda pertence?"

A NSA tinha todas as informações para deter o 911.

EUA usam terrorismo para gerir conflitos internacionais


A posição tomada pelos EUA e pelos países da União Europeia em relação à crise na Ucrânia contraria abertamente os princípios que esses países tentam pôr em prática em outras regiões, principalmente no mundo árabe.

Fica a sensação de que os países ocidentais neste momento não têm princípios firmes e que eles atuam exclusivamente a partir de posições do pragmatismo político. Ou dito de uma forma simples – para obter proveitos próprios. Essa é a opinião do analista e diretor editorial do jornal Al-Ahram, Amr Abdel Samie:
– Se olharmos para as relações entre a União Europeia e os EUA, por um lado, e a Rússia, por outro, ou para as posições da União Europeia e dos EUA relativamente à atual situação que se vive no Oriente Médio, especialmente no Egito, ou se olharmos para as posições da União Europeia e dos EUA relativamente à Líbia, essas gritantes contradições se tornam completamente evidentes. O establishment dos países ocidentais transmite constantemente a opinião que os EUA e a União Europeia combatem alegadamente com firmeza o terrorismo. Mas isso não é verdade. Se analisarmos os acontecimentos que ocorrem em diferentes regiões, nós veremos claramente que o terrorismo é realmente nesta altura o mais importante instrumento que os EUA e a União Europeia usam para gerir os conflitos internacionais."
Nos últimos três anos os EUA se tornaram no principal suporte do terrorismo islâmico em todo o mundo. Os EUA usam o terrorismo de forma a minar os regimes nacionais nos outros países de forma a orientar os acontecimentos na direção que interessa aos Estados Unidos.
Não é preciso ir longe para encontrar exemplos. Analisemos os recentes atentados ocorridos em Xinjiang, na China. Todos sabemos que os Estados Unidos não estão nada contra um enfraquecimento da China e o resultado é as autoridades chinesas não conseguirem acabar com o terrorismo islâmico em Xinjiang há muitos anos, apesar de todos seus esforços. O mesmo pode ser dito dos atentados terroristas no Cáucaso russo.
A China e a Rússia são hoje as principais circunstâncias irritantes para os EUA, e a sua aproximação constitui simplesmente um superpoderoso fator irritante. As razões para isso são compreensíveis. O poder combinado da Rússia e da China não deixa de impressionar. Ao estabelecer uma cooperação eficaz, esses dois países serão simplesmente invulneráveis às pressões externas. Um exemplo disso é o contrato do gás recentemente assinado entre Moscou e Pequim. Esse negócio tem um caráter estratégico e, simultaneamente, está intimamente ligado à atual situação política global. Ela debilita a pressão econômica por parte dos EUA e da União Europeia sobre a Rússia, aumentando ao mesmo tempo a pressão russa sobre a Europa, que é o aliado político principal dos Estados Unidos. A Rússia conseguiu criar uma aliança com a China para reduzir a influência norte-americana, e isso irá resultar em mais uma grande derrota numa série de futuras derrotas dos EUA. A América nada pode contrapor a essa aliança dos pontos de vista militar, econômico e político.
Restam os métodos “encobertos” de pressão. Eles incluem o terrorismo islâmico, que os Estados Unidos já há muito usam (e, infelizmente, com êxitos frequentes) para alcançar seus objetivos na região do Oriente Médio. Será lógico supor que o reforço dos laços russo-chineses estimule os Estados Unidos a dinamizar esse instrumento de pressão sobre esses dois países.
Mas os norte-americanos têm de perceber que esse instrumento é muito pouco confiável. Eles usaram os radicais islâmicos para mudar o regime na Líbia, mas acabaram obtendo um resultado precisamente contrário ao que esperavam. Na Síria os Estados Unidos apoiavam verbalmente os dissidentes liberais locais, mas na prática reforçavam os grupos radicais islâmicos que se opõem ao regime de Assad. No final ambos acabaram por perder. No Egito os EUA apoiaram a Irmandade Muçulmana para submeter o Egito à sua influência, mas acabaram por perder novamente.
O que se passa atualmente na Ucrânia? Os EUA apoiaram um golpe de Estado, organizado em Kiev contra o presidente Yanukovich por um grupo relativamente pequeno de pessoas. No entanto não reconheceram a revolução pacífica no Egito, onde no verão do ano passado milhões de pessoas saíram para as ruas para derrubar o regime de Mursi. Reparem: por todo o lado os EUA se colocam ao lado das forças que usam métodos violentos e abertamente terroristas. Isso já configura uma tendência estável que é impossível deixar de notar – apesar de a principal mídia ocidental não ver as evidências, como é natural.
Mas nós vemo-las claramente, inclusive no exemplo do nosso próprio país. Nós vemos, e sentimos pessoalmente, que os EUA e a União Europeia não atuam partindo de alegados princípios morais elevados, mas exclusivamente em prol dos seus interesses práticos, e para os atingir não são muito escrupulosos na escolha de seus métodos.

Do jornal Al-Ahram, Amr Abdel Samie (analista e diretor editorial).

Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_05_30/terrorismo-e-instrumento-principal-dos-eua-na-gestao-de-conflitos-internacionais-6910/

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