O Longo Caminho até o 11 de Setembro

O Longo Caminho até o 11 de Setembro
A verdadeira história do 11 de setembro

terça-feira, 30 de abril de 2013

O Terror Chega para os Americanos - Parte I



O jovem alto, loiro, de olhos bem azuis e de aproximadamente 26 anos, instalou com extremo cuidado, os últimos detonadores, no carregamento de 3.500kg da mistura explosiva a base de nitrato de amônia e óleo combustível. Para a confecção desta bomba, ele e Terry haviam gasto em torno de U$ 60.000 dólares. A mistura obedeceu rigorosamente às quantidades especificadas, por Terry Nichols e Ramzi Yousef (autor do 1º atentado contra o WTC, em fevereiro de 1993), isto é, a proporção de 94,5% de NA e 5,5% de OC, o que fornece melhor balanceamento de oxigênio e maior quantidade de energia liberada na reação. Conforme o planejado, a bomba de fertilizantes cristalizados estava pronta para ser ativada por um pavio rudimentar, cuja queima levaria cinco minutos. Antes de entrar no caminhão Ryder, o qual havia alugado utilizando-se de documentos falsificados, em nome de Robert Klin, deu uma última olhada para a camiseta que usava. Na frente da mesma havia a imagem de Lincoln com a frase em latim que seu assassino John Wilkes Booth proferira ao alvejá-lo no teatro: Sic semper tyrannics (Assim sempre aos tiranos), esta era a mesma frase que Brutus proferira quando participou do assassinato do imperador de Roma, Júlio César; e nas costas, uma árvore e a citação de Thomas Jefferson: “A árvore da liberdade deve ser refrescada de tempos em tempos com o sangue de patriotas e tiranos”. Sem demonstrar preocupação, dirigiu em média velocidade por todo o percurso, de aproximadamente três horas, reduzindo ao passar pelos Regency Towers Apartments em Oklahoma City. Por alguns instantes, seus pensamentos voltaram no tempo. McVeigh se lembrou dos dias em que visitou Monte Carmel e de como as pessoas eram amáveis. Em sua mente ainda ecoava o sermão proferido por David Koresh: “Saibam todos que existe claramente em ação uma estratégia imposta pelos donos do mundo, os detentores do capital transnacional, líderes do sistema financeiro internacional para progressivamente implementar um governo mundial. Eles trabalham incansávelmente para destruir as Instituições Nacionais:  Família, Igreja, Estado, Escola, Empresa. Procuram demolir o Estado Nacional Soberano, minimizar a importância da Igreja, desmoralizar os princípios e valores fundamentais da Família, da Escola e da Empresa.” Lembrou também, da terrível visão de Monte Carmel ardendo em chamas. Todas aquelas pessoas... Mortas...
Enquanto isso, vários agentes do FBI e do BATF que, desde as primeiras horas do dia, estavam de vigília espalhados pelos prédios das proximidades, aguardavam por um acontecimento de grandes proporções. Suas ordens eram para registrar todos os detalhes do evento por acontecer. Alguns agentes estavam com equipamentos para filmar e fotografar todo e qualquer veículo de médio e grande porte que se aproximasse do prédio federal Alfred P. Murrah.
O condutor parou o veículo antes de entrar na área urbana e acendeu o estopim. A seguir voltou para a cabine e dirigiu em direção ao prédio federal. Em certo momento, ficou preocupado quando teve que parar em um sinal de trânsito que demorou quase um minuto para abrir. Dali para frente teve que dirigir com mais velocidade, pois se houvesse mais um contratempo, não conseguiria chegar ao alvo em tempo. Determinado a cumprir seu objetivo, o jovem dirigiu os minutos seguintes sem mais incidentes até o prédio do governo, lá chegando às 9:01 h. Estacionou o caminhão nos fundos do Federal Murrah Building (AP/Departamento de Justíça), ao lado de uma das 4 colunas que sustentavam a longarina que servia de apoio aos 6 pavimentos superiores. Este local havia sido escolhido préviamente. Então, fechou o veículo, olhou em volta e saiu andando em direção a um carro, estacionado bem próximo dali, sem nem ao menos olhar para trás uma única vez. Quando o caminhão explodiu, eram 9:02 h da manhã do dia 19 de abril de 1995. A esta hora, todos os funcionários já deveriam estar em suas mesas e todas as crianças, na creche.
Neste mesmo dia, três eventos aconteceriam: Primeiro, o Congresso estava começando a conduzir uma investigação a respeito do incidente em Waco. O Congresso havia indicado uma Comissão para ouvir os depoimentos e estava começando a convocar uma lista de testemunhas. Os registros da tragédia de Waco estavam sendo conservados no Edifício Federal Murrah. Segundo, o Congresso estava debatendo seriamente o relaxamento de algumas leis sobre o controle de armas e a abolição de outras. E o terceiro, tratava-se da execução de, Richard Snell, um membro das Nações Arianas e freqüentador da cidade de Elohim.
O Alfred P. Murrah era um prédio Federal, que havia sido construído em 1977 e era feito de concreto reforçado com fibras de aço e alojava várias repartições públicas federais, entre elas uma filial da BATF, uma do FBI e ainda uma creche, no 1º andar, que funcionava em tempo integral. A explosão foi tão violenta que o prédio veio abaixo em sete segundos, matando 168 pessoas, entre as quais 19 crianças abaixo de 5 anos, 8 agentes federais e ferindo cerca de 600 outras. A explosão danificou, ainda, outros 25 prédios das redondezas, alguns, seriamente.



Do livro: O Longo Caminho até o 11 de Setembro

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