O Longo Caminho até o 11 de Setembro

O Longo Caminho até o 11 de Setembro
A verdadeira história do 11 de setembro

sábado, 22 de setembro de 2012

Lembrem-se do 11 de setembro...



“Lembrem-se do 11 de setembro!”

Todas as vezes que falamos sobre o World Trade Center, imediatamente nos vêm à mente as cenas dos aviões explodindo contra aquelas gigantescas estruturas edificadas lado a lado. É incrível como aquelas imagens tão fortes nos fizeram perceber imediatamente que uma página na história da humanidade acabava de ser virada. Tragicamente, puseram fim a milhares de vidas e elevaram os temores humanos a um novo patamar de incertezas. As maneiras como o direito internacional, que passaram a conduzir as nações, após a Segunda Guerra Mundial, no julgamento de suas questões políticas, econômicas e militares, foram praticamente demolidas com aquelas torres.
Países como Estados Unidos, Israel, Rússia e China, passaram a transferir suas ações militares, que massacram populações civis, em países como Afeganistão, Iraque, Palestina, Chechênia e Nepal, para desculpa de guerra contra o terror. Nestes últimos onze anos, milhares de pessoas foram mortas, vítimas de bombardeios pesados, cercos a cidades inteiras que minaram suas infra-estruturas deixando-as sem luz, água, socorro médico e ajuda humanitária de qualquer espécie. Deixadas a sua sorte, estas pessoas não puderam contar nem com a sensatez das agências de notícias externas que, covardemente, se calaram e transmitiram apenas o que lhes foi ordenado pelas forças políticas e militares dos países que se dizem os portadores das liberdades humanas deste novo século. Para piorar, sempre que buscam um entendimento sobre como negociar estes conflitos de uma forma mais política e pacífica, viram imediatamente, reféns do ódio de grupos terroristas que são, na maioria dos casos, plantados para espalhar o pânico.
Lembrar das torres gêmeas, nos faz pensar, erradamente, que o terrorismo deve ser combatido com todos os rigores das forças das armas. O medo de que terroristas possam adquirir armas de destruição de massas e as lancem contra qualquer país, povo ou cidade, reforça os discursos destes homens que, tão habilmente, tem conseguido enganar a todo o mundo. Os eventos de onze de setembro, não ocorreram por um acaso de falha de segurança de uma nação rica e orgulhosa de seu poder, como os EUA. Foram, antes de mais nada, uma sucessão de fatores minuciosamente planejados, implementados e estruturados com características semelhantes às do “Projeto Manhattan”, que foi o pai da bomba atômica americana.
É particularmente interessante, reparar na semelhança dos discursos de Franklin Delano Roosevelt, logo após o ataque japonês a Pearl Harbor, que disse a nação: “... Lembrem-se de Pearl Harbor!”; e de George W. Bush, após os ataques de 11 de setembro, que dirigiu-se ao povo americano dizendo: “... Lembrem-se do onze de setembro!”.
O terror deve ser combatido sim. Mas, combatido nas suas raízes, nas suas fontes, na sua disseminação, nos seus financiamentos oriundos de políticas de governos corporativos ou de Estados fracassados. Estes governos, voltados para seus estilos de vida, consumidores desenfreados e fúteis, de uma vida desprovida de um pensamento coletivo, gananciosos pelos bens de consumo material e de seus confortos e seguranças próprias, renegam ao resto dos povos do mundo, o direito de compartilhar suas riquezas. As armas que deveriam ser utilizadas no combate ao terror, deveriam ser a distribuição, de uma forma mais justa, dos recursos naturais de nosso mundo. Negar aos povos o direito de uma qualidade de vida justa é o mesmo que alimentar as chamas do ódio que se encontram dentro dos corações dos povos que vivem em regiões de conflito.
Não existiriam Osamas, Husseins, Basayevs, Hamas, Mártires de Alaksa, Jihad Islâmica, e tantos outros se, em contra partida, não existissem Bushs, Putins, Sharons, Blairs,  e etc. Estes homens se mantiveram e se mantém no poder, porque exploram as ações pavorosas de seus inimigos, que nada mais são do que peças de um tabuleiro de xadrez.
Os anos vindouros irão mostrar às novas gerações, se a forma como o terrorismo global está sendo combatido, foi certa ou errada. Infelizmente, não haverá como voltar atrás, depois que nossas decisões forem tornadas atos. A estes homens que se colocam como os certos, dar o poder e, pior, legitimar o uso deste poder, pode ser o fator determinante para o bem ou o mal de nossos filhos. A herança de um mundo melhor ou a se reconstruir, poderá ser recebida pelas gerações de amanhã, como uma benção ou como uma maldição.
Lembrar do 11 de setembro, é necessário, mas não da forma como o presidente americano nos insinua. Precisamos, antes de tudo, compreender o 11 de setembro. Suas causas, seus efeitos, suas conseqüências. Precisamos reconstruir o que foi destruído, daquele triste dia para cá. E o que foi destruído além de ferro, vidro e cimento? Foram destruídas vidas humanas, liberdades civis, direitos internacionais e universais, paz, segurança, propriedades. Foram destruídas as fronteiras de Estados soberanos. Suas riquezas minerais, suas fontes de energia, descaradamente começaram a ser escoadas para os países que se dizem guardiões da paz.
Quando nos lembramos do 11 de setembro, precisamos ter sempre em mente que a busca pela verdade, por trás daqueles acontecimentos, é a chave para desvendar-mos a maior fraude da história contemporânea. Assim, talvez, possamos consertar um pouco do que já foi destruído.

Francisco Carlos Bezerra
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