O Longo Caminho até o 11 de Setembro

O Longo Caminho até o 11 de Setembro
A verdadeira história do 11 de setembro

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A Al Qaeda


A Al Qaeda nasceu de outra organização criada no Afeganistão pelo professor palestino Abdullah Azzam, que exerceu enorme influência sobre Osama bin Laden, quando ele era estudante na Universidade de Jidá, na Arábia Saudita. Em 1979, ambos foram lutar ao lado dos guerreiros afegãos que combatiam os invasores soviéticos. Pouco tempo depois, já nos anos 80, Azzam fundou um grupo chamado Mekhtab Al-Khidemat (“Escritório de Serviços”, em árabe), com o objetivo de dar apoio logístico aos muçulmanos de outros países que haviam resolvido ir lutar no Afeganistão. Laden, com o suporte da CIA, especializou-se em recrutar soldados e a conseguir financiamento. O Mak acabou funcionando como embrião da Al Qaeda. A data exata da fundação da rede terrorista é incerta, como, aliás, muitos fatos da biografia de Osama bin Laden. Sabe-se que a organização surgiu entre 1986 e 1989. Azzam e Laden abriram células terroristas em 35 países, mas, contudo, o centro passou a ser nos Estados Unidos.

Na primavera de 1987, Laden ficou encurralado nas montanhas do Afeganistão. Ao seu lado, encontrava-se Kalid. Após o cerco, que durou um mês, os árabes forçaram os russos a se retirar. Da noite para o dia, Osama bin Laden virou herói.
No verão de 1988, tudo acabou para a URSS. O mundo do islã radical pegou fogo. Imediatamente após isto, este mesmo mundo resolveu que era hora de virar as armas para um novo oponente; o Ocidente.
Abdullah Azzam foi assassinado no Afeganistão, em 1989.  Muitos historiadores sustentam que Azzam foi assassinado por seu pupilo, Osama. Nesta mesma época, o saudita criou a Al Qaeda, para dar continuidade à obra de seu mentor. O sócio de Laden na empreitada foi o egípcio Mohamed Atef, com bom trânsito entre os fundamentalistas de seu país. A Al Qaeda se tornaria, efetivamente, uma organização terrorista em 1992. Um ano antes, a Arábia Saudita servira de base para que as tropas americanas expulsassem do Kuwait, os invasores iraquianos. Neste mesmo ano, Laden saiu da Arábia Saudita. Para muitos, ele fora compelido a sair da terra, cujo solo, para ele, era sagrado, pois a mesma estava com a presença de infiéis americanos e que, por isso, Laden começara a levar seu antiamericanismo e suas concepções pan-islâmicas às últimas conseqüências.
Osama bin Laden passou, posteriormente, a manter em sua base (a Al Qaeda) um departamento financeiro, que cuidava do contrabando de urânio enriquecido, componente nuclear de preço elevadíssimo no mercado negro e matéria básica para construção de bombas atômicas. Para atuar legalmente no mercado internacional, bin Laden constituiu a Taba Investiment, uma empresa de fachada utilizada para converter a moeda do Afeganistão em dólares e vice-versa. Outra sociedade levou o nome de Hildra Construction, dedicada à construção de obras públicas. Com o tempo, passou a controlar uma empresa pública de curtume, que mais tarde foi privatizada pelo Taleban.

Do livro: O Longo Caminho até o 11 de Setembro

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