Em meados do ano de
1998, Wolfowitz e os falcões do governo de George Bush, escreveram um documento
solicitando ao presidente Bill Clinton que detivesse o ditador iraquiano Saddam
Hussein. O documento foi assinado por Donald Rumsfeld, Dick Chenney,
Condoleezza Rice e muitos outros republicanos da antiga administração. Foi por
esta ocasião que Hussein expulsou os inspetores de armas da ONU, do Iraque.
Neste mesmo momento,
os republicanos se reuniram em Hunston, no Texas, para elaborarem as
estratégias para a candidatura de um republicano, George Walker Bush. A
política seria o estabelecimento de uma Nova Ordem Mundial, com intervenções em
vários locais ao mesmo tempo, abandonando a política de apaziguação, até então,
adotada pelo governo Clinton junto a ONU. O poder americano deveria ser usado
para mudar o mundo, não apenas para mera manipulação.
De acordo com os planos, cuja
finalidade, além de destruir a imagem do governo democrata e, particularmente,
do presidente Clinton, era a de camuflar o início das operações secretas que
mudariam para sempre, as relações que a América mantinha com as Nações Unidas,
no comércio e nas relações exteriores com as demais nações.
Wolfowitz estava determinado a
introduzir sua doutrina no próximo governo, ela seria o Relatório de Segurança
Nacional, mais tarde Doutrina Bush, reunida em um documento onde se poderia ver
claramente muito do que ele já havia escrito anteriormente. Postura agressiva e
enérgica com justificativas para ataques preventivos, que se encontravam
escondidos nas entrelinhas do documento. Sua base seria democratizar o mundo a
começar pelo Oriente Médio (Iraque, Irã, Paquistão, Egito, Síria, Afeganistão e Líbia) incluíndo Coréia do Norte e Cuba. Para os falcões, o que importava era a
liderança americana na redemocratização do mundo.
Do Livro: O Longo Caminho até o 11 de Setembro.
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